3 crenças sobre Sagrado Feminino e que afastam as mulheres dessa reconexão
Sabe, eu já me senti um “peixe fora d’água” acerca de como vivenciar meu feminino. Foi um caminho permeado de crises, onde cheguei a não me sentir mulher por não “me encaixar” nos padrões de grupos ou demandas.
Muito chorei e me isolei por acreditar que jamais compreenderia esse tal de resgate do feminino. Eu era qualquer outra coisa, menos uma mulher de fato, ou sejá lá o que significa isso.
Eu achava cafona certas coisas, não compreendia porque devia seguir um padrão imposto dentro de certos grupos, não via efetividade de certas práticas na minha vida como fêmea urbana e contemporânea. Senti uma solidão existencial como mulher. A menopausa chegou e nada, ninguém para conversar…
Já sentiu essa inadequação? Com teu corpo, tua vida,, teus pensamentos?
Eu queria ser eu mesma, não apenas viver um estilo de vida fictício que me tirava de uma caixa apertada e me colocava em outra.
Encontrei, nesse meu processo disruptivo, outras mulheres que sentiam o mesmo. Eram selvagens como eu e não aceitariam certas maneiras de fazer as coisas se não fizessem sentido para elas. E foi quando decidi que eu sentiria e implantaria as coisas do meu jeito, da maneira que isso me traria cura profunda e não um roteiro de como eu deveria ser.
Eu faria os rituais que tinham sentido para mim e minha ancestralidade. Encontraria a mim mesma e a minha voz dentro de tudo isso e a colocaria no mundo para somar e uivar com as lobas que sentiam como eu.
Quando tomei essa decisão, um peso sumiu em minha alma e, pela primeira vez, derrubei as crenças e mitos que me afastavam do resgate do feminino que fazia sentido para mim.
Quer saber o que descobri? Então vem!
1 – A crença de que você tem que ter um determinado estilo de vida para vivenciar o seu feminino
Muitas mulheres acabam por não vivenciar um resgate real e profundo do seu feminino por acreditar que para isso tem que estar em um certo “patamar” da espiritualidade ou da sua vida.
Vêem isso como ter que usar saia, plantar lua, colocar flores na cabeça e sair dançando. Bonito, mas não é só isso.
Infelizmente, essa é uma das imagens que se construiu em muitos nichos que ficam na superfície ou que acabam por criar uma espécie de estilo de vida que a mulher precisa ter para resgatar seu feminino.
Você tem tudo que precisa dentro de você e pode encontrar a sua maneira de fazê-lo, seja sozinha ou em grupo. Premissas não são regras, são inspiração.
2 – A crença de que você só resgata seu feminino se for num ritual na natureza
Você é NATUREZA. Ela corre pelas suas veias, pelos fios dos seus cabelos, nos seus ciclos, humores e amores. Quando está acordada, dormindo, em casa, no trabalho, no bosque, sozinha ou acompanhada.
Logo, um ritual ou qualquer outra atividade realizada por você, está sempre em conexão com a Natureza. O que talvez falte é você se dar conta disso: da sacralidade dos seus atos e como, mesmo dentro de uma selva de pedra ou num bosque, você ainda assim está reverenciando seu feminino ao cuidar mais de você, ao respeitar o seu tempo, ouvir seu corpo e suas emoções, organizar sua vida de uma forma que faça sentido para você.
Você se dá conta que ao entender a importância disso, de que você é Natureza, e começar a respeitar essa sacralidade, você estará abrindo espaço também para que outras mulheres a sua volta se curem? Pense nisso.
3 – A crença de que a sua história não tem nada a acrescentar a outras mulheres
Já vi muitas mulheres caladas por acreditarem que suas trajetórias de vida, suas dores e suas conquistas são tão ínfimas, ou bobas, ou até mesmo horríveis que nem podem ser contadas.
Nós, mulheres, temos habilidade de sermos contadoras de histórias natas. A partilha com outras mulheres nos permite recontar nossas histórias e das nossas ancestrais que foram caladas ao longo da história. São dessas vozes ancestrais que ousaram contar suas histórias que muitas premissas inspiradoras chegaram até nós, mulheres contemporâneas.
Sua história é medicina. É através dela que você vai se libertar e libertar outras mulheres. Confie no seu lugar no mundo. Você não está aqui a passeio. Você também é inspiração e cura.
Mulher, eu amo a Natureza dentro e fora de mim. A beleza natural da nossa Mãe Terra amplifica nossos poderes, limpa nosso corpo e alma. O cheiro da terra, das plantas, do mar. Nem sempre posso estar nesses locais. Por isso, reverencio a Sacralidade e a Natureza em mim criando momentos e espaços sagrados onde converso profundamente com quem sou e trago isso para cada ato meu.
E compartilho com você essas reflexões para lhe inspirar a encontrar a sua forma de despertar. Somos mulheres despertando mulheres.
Eu honro a sua história, a sua medicina e quem você é.
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Com carinho,
Tatiana Menkaiká