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Comportamento Meditações

Banho de Floresta

Volta e meia a gente escreve sobre “abraçar árvores” ou “estar em contato com a natureza” e, ainda tem muita gente que acha que isso é “ideia de maluco beleza”. Ainda bem que tem também aqueles que estudam sobre o assunto e comprovam, cientificamente, os benefícios de se tomar banho de floresta.

A medicina do banho de floresta

“Quando a gente passeia na floresta, a gente respira melhor. O aroma das plantas, das madeiras, das frutas e vegetais afetam diretamente nosso sistema imunológico. A Nippon Medical School de Tóquio mediu os efeitos na saúde humana e comprovou: banhos de floresta ajudam até na prevenção de câncer.

A Universidade de Chiba também mediu a pressão sanguínea e o batimento cardíaco e concluiu que todas as medições melhoram. Até para depressão os banhos de floresta são super indicados. Precisamos de doses de natureza e experimentar, intuitivamente, o nosso mundo selvagem”, diz aqui este artigo.

Então, já de cara você fica sabendo que, sim, a ciência confirma o que já se sabia – que estar na natureza, respirar ar puro no meio da mata, estar em comunhão com os seres vegetais em seu ambiente natural é um benefício real para a saúde – aumenta a imunidade, previne câncer, regula a pressão arterial e até é capaz de curar depressão.

Mas, claro, essa cura toda não acontece por milagre – é preciso que você faça do “estar na natureza” uma rotina de sua vida. Que sejam 15 minutos, ou até só 5 minutinhos mas, que seja diariamente e, de preferência, com os pés no chão.

Banho de floresta é saúde pública no Japão

Um estudo japonês feito na Universidade de Chiba pelo Centro de Meio Ambiente, Saúde e Ciências acompanhou 280 indivíduos, durante 20 anos, medindo os efeitos fisiológicos do banho de floresta e comparou parâmetros como cortisol salivar, pressão arterial, frequência cardíaca e variação do pulso de um dia urbano com 30 minutos de banho de floresta e concluiu que: “ambientes florestais promovem menores concentrações de cortisol, menor frequência cardíaca e pressão arterial, maior atividade do nervo parassimpático e do nervo inferior simpático em comparação com os parâmetros coletados em ambientes da cidade”.

Esta prática, de estar na natureza, é incentivada pelos serviços de saúde pública japoneses e também em outros países do mundo como sendo uma necessidade real do ser humano. Nos EUA há, inclusive, uma organização, a Shinrin-yoku. que acompanha esse movimento e orienta os participantes.

Por quê esses banhos de florestas são tão curativos?

Uma das razões para o banho de florestas ser curativo é que, no ambiente natural, ou abraçando árvores, entramos em contato imediato com todas as essências aromáticas que estão livres na natureza e, como já dissemos em vários artigos anteriores, essas essências aromáticas, os óleos essenciais, possuem diversas propriedades medicinais que atuam através do olfato, diretamente no nosso sistema límbico.

Outra razão é que, quando estamos em ambiente natural, renovamos nossas energias descarregando na terra todas aquelas que estão desequilibradas – isso é explicado pelas diferentes cargas elétricas que essas energias transportam e a terra, a natureza, são polos equilibradores dos excessos e das carências atômicas que carregamos no nosso organismo.

E mais ainda, se você não acredita, ou não confia ainda nas razões acima, pelo menos concordará que, estar em ambiente natural, fora da pressão urbana, dos barulhos de carros e longe da multidão, te permitirá encontrar um momento de paz interior e respirar livremente. Isso, simplesmente respirar livremente. E a respiração, você sabe, é a melhor forma que temos de reciclar nossas energias e recarregar as baterias orgânicas e anímicas que temos.

Mas, qual é a dica para que dê certo esse banho de floresta?

Bom, já é muito saudável você passear ao ar livre, em ambiente natural mas, para que os benefícios sejam potencializados você deverá adotar algumas atitudes especiais quando fizer seu banho de floresta:

1. Entre na região natural deixando do lado de fora todos os problemas da sua vida pessoal e profissional. O momento de cura se dará quando você conseguir, de verdade, se sintonizar com as energias da natureza, de cada árvore, passarinho ou flor que encontrar pelo seu caminho.

2. Use a técnica, por exemplo, de deixar todos os problemas em uma pedra que esteja bem na entrada da área natural. Passeie livremente, limpando a mente – limpar a mente quer dizer, não pensar em nada específico. Na saída da área natural, esqueça firmemente de recolher aqueles problemas que deixou na pedra, claro.

3. Se o clima permitir, caminhe descalço pois, pisar na terra, na areia, nas folhas secas e até nos galhinhos e pedrinhas que estão pelo caminho vai te ajudar a reciclar suas energias internas, que estão estagnadas, com a ajuda das energias da terra (chamam-se “energias telúricas) estabelecendo um circuito de trocas muito benéfico para você.

4. Caminhe ou, se não conseguir caminhar, sente-se debaixo de uma árvore, ou na frente do mar, tomando o vento, o sol e buscando uma maior integração com as forças naturais.

5. Encontre, dentro de você e com a contribuição das forças da natureza, um momento de calma duradouro. Aterre essa boa energia dentro de você e a mantenha aí, firmemente conectada com o seu íntimo.

6. Repita essa sequência diariamente ou, pelo menos, semanalmente, com a consciência de que se trata, realmente, de uma terapia curativa para seu corpo físico, emocional e mental.

Artigo de Daia Florios no site Grenme

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